25.1.07

O PARQUE IBIRAPUERA E O IV CENTENÁRIO

No dia de hoje que São Paulo comemora os 453 anos de sua fundação me veio à lembrança um outro aniversário da cidade exatamente há 53 anos, e não dá para falar do IV Centenário de São Paulo sem falar do Parque Ibirapuera que foi o símbolo das comemorações na época.
No final dos anos 20 o prefeito Pires do Rio decidiu criar um parque na região do Ibirapuera, inspirando-se no “Bois de Bologne” de Paris, mas o terreno era por demais alagadiço, servindo a pasto de bois por ser bastante próximo do Matadouro Municipal.
Aí entrou em cena um funcionário municipal bastante dedicado que plantou centenas de eucaliptos na região com a finalidade de drenar o terreno. Seu nome era Manequinho Lopes que hoje dá nome ao viveiro de plantas localizado no parque.



Parque Ibirapuera em 1890

Mapa do Parque em 1954


Em 1951 o prefeito Armando de Arruda Pereira formou uma comissão para decidir o que fazer com a área do parque e foi entregue a Oscar Niemeyer o projeto arquitetônico, e a Roberto Burle Marx o projeto paisagístico, mas as obras do parque só terminaram em 21 de agosto de 1954, portanto após as festividades do IV Centenário da cidade.



Parque Ibirapuera - Maquete do Projeto Original


Parque Ibirapuera - Maquete aprovada

Nos dias 9, 10 e 11 de julho de 1954 tiveram lugar as festividades de comemoração aos 400 anos da cidade fundada pelos jesuítas em 1554 com um colégio que foi um dos palcos das festividades nestes dias, os outros foram a Catedral da Sé e o Parque Ibirapuera.



Parque Ibirapuera - Pavilhão do Rio Grande do Sul

Parque Ibirapuera - Obras em 1954

Em todos os rádios ouvia-se o dobrado “IV Centenário” do saudoso Mario Zan, que ficou por muitos anos conhecido como o sanfoneiro do IV Centenário. Como morava perto do parque meu pai me levou lá onde havia um stand da Ford, empresa que meu pai trabalhava na época. Eu tinha 8 anos de idade, mas me lembro como se fosse hoje: os lagos de água límpida, os diversos pavilhões, sendo o que mais me impressionou foi o do Rio Grande do Sul, uma grande estrutura sanfonada sustentada por cabos de aço e um pavilhão feito de aço que lembrava um pagode chinês, ficava sobre o lago e o que restou dele ainda pode-se ver sendo usada como uma simples ponte para pedestres.
Num dos dias à noite foi realizada uma chuva de triângulos de papel prateado que foram jogados de aviões da FAB e iluminada por potentes holofotes do Exercito, formavam um bonito espetáculo. Não consegui pegar nenhum, mas lembro-me do meu amigo e visinho o hoje radialista Bene Alves contando que seu pai pegou um. Mais tarde soube que o espetáculo foi patrocinado por Baby Pignatari que era dono de uma metalúrgica na época.


Inauguração do Parque

O prefeito Armando de Arruda Pereira deixou o cargo em 7-4-1953 sendo substituído por Jânio da Silva Quadros que deixou o cargo às vésperas das festividades, mais precisamente em 6-7-1954 para se candidatar a governador, sendo substituído pelo seu vice Porfírio da Paz. Depois dele tivemos novamente Jânio da Silva Quadros, William Salem e Juvenal Lino de Matos que transferiu a sede da PMSP para o parque onde permaneceu até 1992.
Depois da inauguração do parque, por residir perto ia quase todos os fins de semana para lá de bicicleta, portanto assisti de perto a degradação, dilapidação e destruição do maior parque público de São Paulo. Diversos pavilhões tiveram que ser demolidos por falta de manutenção, entre eles o Pavilhão do Rio Grande do Sul que eu tanto admirava.
Daí para diante, os pavilhões restantes foram sendo ocupados por Repartições Públicas, entre eles o do Detran que ficou separado do parque por uma avenida.
Em 2004 quando São Paulo fez 450 anos eu por ingenuidade achei que haveriam comemorações se não iguais mas pelo menos que lembrassem as festividades dos 400 anos da cidade, mas me esqueci que no executivo municipal em 2004 imperava a incompetência administrativa com os assuntos mais básicos e necessários à condução da cidade, tornando portanto inviável qualquer solenidade à altura da data.
Silvio A. Neves

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12.1.07

O RÁDIO

Seleções - Abril 1942

Seleções - Dezembro 1952

Seleções - Setembro 1958

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Nas décadas de 40 e 50 o rádio predominava nos lares, isto até o início da década de 60.
A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, era ouvida no Brasil inteiro e até em outros países e dominava o cenário radiofônico com novelas, programas humorísticos, apresentação de cantores ao vivo em programas diários e semanais, transmitidos do estudio e de seu auditório, sempre ao vivo. As gravações em acetato eram feitas para fins de aprimoramento das transmissões e graças a este costume temos hoje acesso a alguns destes programas.
Nhô Totico no auditorio da Rádio Cultura em foto do livro "Histórias que o rádio não contou" de autoria de Reynaldo C. Tavares.

PRK-30, Balança mas não Cai, Tancredo e Trancado, eram alguns humoristicos da Rádio Nacional com imenso sucesso. Era um humor bastante inteligente, se você ouvir hoje PRK-30 vai se matar de rir, permanece atual.
Quase todos os grandes artistas da época, Francisco Alves, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Marlene e muitos outros, éram contratados da Rádio Nacional do Rio ou da Rádio Record em São Paulo onde predominava o humor com crítica social.



Lauro Borges e Castro Barbosa na PRK-30 em foto do livro "Histórias que o rádio não contou" de autoria de Reynaldo C. Tavares


Na Rádio Record Adoniran Barbosa fazia um personagem chamado "Charutinho" que morava no Morro do Piolho, não gostava de trabalhar e pretendia namorar a Pafunça e sempre era frustrado pela mãe dela "Teresoca 1 2 3 Oliveira 4" (Maria Teresa).

Zé Fidelis (Gino Cortopassi) fazia um enorme sucesso, sob o patrocínio da Cia Antarctica, com suas paródias e imitações. Éra meu ídolo !

Zé Fidelis em foto do livro "Histórias que o rádio não contou" de autoria de Reynaldo C. Tavares

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Mas havia também o Nhô Totico (Vital Fernandes da Silva), me lembro dele na Radio America de São Paulo, era um gênio, seu programa “A Escolinha da Dona Olinda” fazia muito sucesso: Ele mesmo fazia as vozes da professora, e dos alunos: havia o italiano, o japones, o judeu, o português e outros; em época de férias a professora saía de cena e ficavam os alunos fazendo excursões aos mais diversos lugares, com uma criatividade na descrição dos cenários e ambientes que só ele conseguia !
Havia uma legião de admiradoras das novelas radiofônicas das Rádios Nacional (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo).
O comportamento do ouvinte era exatamente o que assistimos hoje com relação às novelas de mais sucesso na TV: O assunto principal nas conversas era o último capitulo assistido.
A novela "O Direito de Nascer" tantas vezes transmitida na TV em vários remakes, foi também o maior sucesso no rádio nos anos 50 !
Nhô Totico em foto do "Livro Histórias que o rádio não contou" de autoria de Reynaldo C. Tavares


E depois da TV, dos Videos Games, da Internet, como explicar que o rádio sobrevive ainda nos dias de hoje e tem uma consideravel audiência ?
-O rádio não interfere nos seus afazeres, você pode continuar fazendo diversas outras coisas enquanto ouve rádio, ao contrário da TV que exige que você se concentre na imágem para inteirar-se do que se passa na tela. !
O rádio você ouve trabalhando, preparando ou fazendo suas refeições, enquanto dirige um carro etc.
É por esta razão que sempre haverá alguém ouvindo radio em qualquer hora do dia ou da noite.
Silvio A. Neves

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8.1.07

PROJETOS

Estou levantando dados para artigos sobre os logradouros abaixo, histórico no máximo até 1980.
Conto com a colaboração e sugestões de quem se interessa pelo assunto: fotos, jornais e revistas, memórias, tudo que possa ajudar a resgatar a história destes locais. Aceito sugestões sobre outros logradouros.

Rua Luis Goes (em fase final)
Bairro de Mirandópolis
Praça da Árvore
Largo Ana Rosa
Cinemas da Sé ao Jabaquara
Ônibus de São Paulo
Bondes de São Paulo

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ORIGEM DOS NOMES DOS BAIRROS DE SÃO PAULO

Entre aspas o significado do nome tupi.
Aclimação-de Jardim d´Acclimation(Paris), abrigou o primeiro zoológico de São Paulo
Água Branca-nome de antigo córrego
Antártica(avenida)-vem de Cia Antártica
Água Rasa-na região o ribeirão Tatuapé era raso
Águia de Haia(avenida)-apelido dado a Rui Barbosa em virtude de seu desempenho em congresso realizado em Haia, Holanda
Ana Rosa-vem de Dona Ana Rosa de Araújo Galvão, que doou herança para a criação do Instituto Dona Ana Rosa que cuidava de crianças abandonadas, depois o nome foi dado ao Largo Dona Ana Rosa
Anhangabaú-rio "dos malefícios, do diabo"
Anhanguera-"diabo velho", apelido dado pelos índios ao bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva
Anhembi-rio "dos nhambus", espécie de peixe
Aricanduva-"lugar onde há muitas palmeiras da espécie airi"; nome da empresa de loteamentos de Ademar de Barros
Artur Alvim-nome do engenheiro que projetou a estação de trem
Barra Funda-na região a barra do Tietê era funda
Barro Branco-nome de córrego que ficava na Invernada(região para pastagem rodeada de obstáculos)
Belém-vem de São José do Belém
Bixiga-de Antônio Bexiga
Bom Pastor(rua)-nome de antigo instituto que cuidava de crianças
Brás-de José Braz
Brás Leme-do bandeirante Brás Esteves Leme
Brasilândia-vem de Companhia Brasilândia, de José Munhoz Bonilha
Bresser-vem de engenheiro Carlos Bresser
Brooklin-vem de Brooklyn de Nova Iorque, em alemão da Idade Média significa ponte pequena
Butantã-"solo duríssimo"
Caiubi(rua)-chefe dos guaianazes
Cambuci-"pote"; tipo de árvore
Cangaíba-"cabeça ruim, dor de cabeça"
Canindé-"arara azul"; "vozerio, gritaria"; "escuro"
Cantareira-prateleira para guardar cântaros(vasos grandes para líquidos)
Campo de Marte-local onde Santos Dumont fazia experiências, em Paris
Campos Elísios-vem de Champs Elysées, em Paris
Capão Redondo-capão é uma porção de mato isolado
Carandiru-vem de candiru, peixe de água doce; nome de antigo córrego
Casa Verde-vem de meninas da casa verde, e depois de Sítio Casa Verde; tal sítio era propriedade de umas meninas que moravam na rua do Rosário(atual Quinze de Novembro) em uma conhecida casa verde
Catumbi-"mato cinza pardacento"
Caxingui-espécie de planta; rato do banhado
Cerqueira César-ex-governador de São Paulo
Chico Pontes(rua)-antigo comerciante
Chora Menino-achava-se que podia ser o choro de uma criança, mas provavelmente eram gatos no cio ou o barulho do vento em eucaliptos
Cidade A E Carvalho-nome de construtora
Cidade Dutra-vem de Eurico Gaspar Dutra
Cidade Líder-nome da empreendedora de Francisco Munhoz Bonilha(Líder Empreendimentos)
Conceição(est. de metrô)-vem de Parque da Conceição, de Vila Conceição(nome antigo do bairro), anteriormente de Nossa Senhora da Conceição
Conceição(avenida da zona norte)-vem de Estrada da Conceição, que ligava à Freguesia da Conceição de Guarulhos
Congonhas-vem de Visconde de Congonhas, apelido do 1.o governador de São Paulo que nasceu nessa cidade mineira
Consolação-vem de Nossa Senhora da Consolação
Cumbica-"nuvem baixa"
Curuçá-maneira como os índios diziam cruz
Cupecê-"fronte da borda da mata", nome de antigo sítio
Cursino(avenida)-de André Cursino
Dr. César(rua)-vem de engenheiro Luiz César do Amaral Gama
Ermelino Matarazzo-filho do conde Francisco Matarazzo
Freguesia do Ó-vem de Caminho de Nossa Senhora do Ó; as freguesias eram os bairros que ficavam nos arredores da capital(que se restringia ao centro) e que receberam essa denominação até a época da proclamação da república
Gasômetro(rua)-local de onde saía o gás para os lampiões
Grajaú-cesto fechado para transportar galinhas e aves; aparelho para conduzir louça de barro; aparelho para conduzir peixes; cidade e rio no Maranhão
Guaianazes-nome de antiga tribo indígena
Guapira(avenida)-"começo do vale"; "cortado"
Guarapiranga-"lagoa vermelha"; nome de antiga aldeia indígena
Guaru-"comedor", nome de antiga tribo indígena
Heliópolis-cidade do sol
Ibirapuera-"madeira podre"
Iguatemi-rio "sinuoso"
Inajar de Souza(avenida)-jornalista e repórter policial, conviveu com bicheiros do Rio de Janeiro e encontrou-se com Che Guevara
Interlagos-entre lagos
Ipiranga-rio "vermelho, barrento"
Itaquá-"buraco da pedra"
Itaim-"pedra pequena"
Itaim Bibi-vem de Itaim do Bibi, apelido de Leopoldo Couto de Magalhães
Itaquera-"pedra adormecida"; "pedra dura"
Imirim-rio "pequeno"
Indianópolis-vem de Indianápolis(EUA)
Jabaquara-"rocha"; "buraco"; "lugar dos refugiados"Jacuí-rio "dos jacus"
Jaçanã-ave de peito vermelho que vivia perto do rio Cabuçu
Jaguara-"onça pintada"; vem de Barão de Jaguara, apelido de político influente dos tempos do Império e pai do loteador
Jaguaré-"lugar onde existe onças"
Jaraguá-"senhor do vale"; "morros que dominam os campos"; "água que murmura"
Jd. América-nome de esposa de um inglês fundador do bairro; de Cia Edificadora de Villa América
Jd. Anália Franco-nome de educadora atuante na região
Jd. Angela-vem de dona Angela(mulher do loteador); de Santa Angela
Jd. Avelino-de Gustavo Avelino
Jd. Brasil-vem de Companhia Agrícola e Imobiliária Brasil
Jd. Europa-vem de Sociedade Anônima Jd. Europa
Jd. França-de Cia Franco Paulista da Água Fria
Jd. Guedala-vem de Herbert Guedala(um dos primeiros presidentes da Cia City)
Jd. da Glória-vem de Chácara da Glória
Jd. Irene-em grego significa da paz
Jd. Peri-vem de Peri Ronchetti
Jd. Peri-Peri-"junco, brejo"

Jd. São Bento-vem de Mosteiro de São Bento
Jd. São Paulo-vem de Villa Paulicea, nome de antiga estação de trem e de bairro vizinho
Joaquina Ramalho(avenida)-filha do Barão de Ramalho
José Bonifácio-de José Bonifácio de Andrada e Silva, patriarca da Independência
Júlio Buono(avenida)-filho de Francisco Buono
Jurubatuba-"muitos jerivás"; espécie de palmeira; primeiro nome do rio Pinheiros, que recebeu o atual nome em 1950
Lajeado-vem de Santa Cruz do Lajeado
Ladeira da Memória-em memória ao governo provisório de São Paulo que fez obras importantes na região
Lapa-gruta, vem de Nossa Senhora da Lapa
Largo da Pólvora-vem de Casa da Pólvora
Lausane-vem de Lousanne, cidade suíça onde nasceu o loteador
Liberdade-nome dado a uma rua na época da abdicação de D. Pedro I(1831); nome dado ao antigo Largo da Forca quando se extinguiu essa pena de morte; diz-se também que o nome foi reforçado durante a época da abolição dos escravos(1888)
Limão-primeiros moradores encontraram pés de limão bravo
Luz-vem de Nossa Senhora da Luz
Mandaqui-rio "dos mandis", espécie de peixe; nome de ribeirão da região
Maria Cândida(rua)-esposa de Guilherme Praun da Silva(loteador do bairro)
Marsilac-vem de engenheiro Marsilac
M´Boi Mirim(avenida)-"cobra pequena", nome de estrada e córrego
Moema-"mentira, falsidade"
Moinho Velho(no Ipiranga)-havia na região um moinho de trigo
Mooca-"faz casa"
Morumbi-"colina verde"; "mosca verde"; "lugar de lutas"
Mantiqueira-"lugar em que a chuva goteja"
Mutinga(avenida)-nome de ribeirão
Paes de Barros(avenida)-vem do nome do fazendeiro Rafael Aguiar Paes de Barros
Paraíso-vem de Chácara do Paraíso
Parelheiros-de parelha de cavalos
Parque Bristol-cidade inglesa
Pedro Doll(rua)-proprietário de uma fazenda que ficava em Santa Terezinha
Penha-vem de Nossa Senhora da Penha
Perdizes-vem de Quintal das Perdizes
Perus-"pôr-se apertado"; Nhá Maria morava na área e criava perus
Pinheiros-vem de Nossa Senhora dos Pinheiros, e depois de Bosque dos Pinheiros
Pirituba-"vegetação de brejo"
Pari-cerca de taquara para pescar
Parque do Carmo-vem de Nossa Senhora do Carmo
Parque São Lucas-vem de Luccas, família loteadora do local
Pirajussara(avenida)-"peixe que trava"; "peixe que dá coceira"
Piratininga-"peixe seco", as cheias secavam e os peixes ficavam no solo
Pacaembu-"arroio das pacas"
Panambi-"mariposa", nome de antiga fazenda
Parque Edu Chaves-nome de antigo aviador e amigo de Santos Dumont
Parque Novo Mundo-vem de Cia Predial Novo Mundo, do Banco Novo Mundo e que loteou também o Jd. São Paulo
Parque Peruche-vem de José de Paula Peruche
Piqueri-"animal de pequeno porte"
Pompéia-vem de Aretusa Pompéia(esposa do dono da maioria das terras)
Ponte Rasa-vem de Ponte Baixa, depois de Vila Ponte Rasa
Raposo Tavares-bandeirante Antônio Raposo Tavares
Sacomã-vem do nome da família loteadora do local e que possuía uma cerâmica(Sacoman)
Sapopemba-"raiz chata, muito enterrada"
Santana-mãe de Maria e avó de Jesus
Santa Cruz(est. de metrô)-vem de Capela de Santa Cruz
Santa Ifigênia-filha do rei Eglipo e da rainha Ifianassa da Etiópia
Santo Amaro-vem de Aldeia de Santo Amaro
São Domingos-vem de São Domingos Sávio, nasceu na Itália e era colaborador na obra salesiana; o proprietário do Banco Novo Mundo que loteou o bairro era Domingos Fernandes Alonso
São João(avenida)-vem de São João Batista
São Mateus-de Mateus Bei, italiano loteador do local
São Miguel Paulista-vem de São Miguel Arcanjo
Saúde-vem de Nossa Senhora da Saúde, e depois de Bosque da Saúde
Sé-igreja matriz
Socorro-vem de Nossa Senhora do Socorro, e depois de Capela do Socorro
Sumaré-tipo de orquídea
Taquari(rua)-"bambu fino e pequeno"
Tatuapé-"caminho do tatu", nome de antigo ribeirão
Tietê-rio "verdadeiro, profundo"
Tremembé-"brejo, lamaçal, pântano"
Tamanduateí-"lugar dos tamanduás"; "rio de muitas voltas"
Trianon-salão para reuniões dançantes que ficava no belvedere Trianon
Tucuruvi-"gafanhoto verde"; "taquara verde"
Vergueiro-de José Vergueiro
Vila Alpina-vem de Alpes
Vila Andrade-vem do nome do banqueiro e dono da Chácara Andrade, Agostinho Martins de Andrade
Vila Anastácio-vem de Chácara do Anastácio
Vila Bancária Munhoz-do bancário Francisco de Munhoz Bonilha
Vila Carrão-de Conselheiro Carrão
Vila Gomes Cardim-loteador do bairro, jornalista, advogado e político
Vila Gustavo-vem de Gustavo Backhauser
Vila Maria-sugestão de Eduardo Cotching(um dos loteadores)
Vila Mangalot-de Cia de Terrenos Mangalot
Vila Medeiros-de Francisco de Medeiros Jordão
Vila Nhocuné-vem de Senhor Coronel, como os escravos queriam chamar o seu dono
Vila Guilherme-de Guilherme Praun da Silva
Vila Ema-de Emma Nothman
Vila Hamburguesa-proprietário do sítio era de Hamburgo(Alemanha), e gostava da cerveja Hamburguesa
Vila Matilde-nome da filha da proprietária da gleba de terra, dona Escolástica Melchert
Vila Nova Cachoeirinha-a cachoeira ficava próximo onde hoje é a maternidade, na Inajar de Souza
Vila Olímpia-cidade grega
Vila Penteado-vem de Seu Penteado, antigo proprietário de terras no local
Vila Prudente-de Prudente de Morais
Vila Ré-vem de João Ré
Vila Romana-de Roma, cidade natal do loteador
Vila Sabrina-nome de artista ilaliana de passagem pelo Brasil
Vila Leopoldina-vem de Imperatriz Leopoldina; vem de Leopoldina Kleeberg(sócia da empresa loteadora)
Vila Madalena-de Madalena, cujas irmãs Ida e Beatriz também eram filhas de um fazendeiro
Vila Mariana-esposa de Alberto Kuhlmam, engenheiro da Cia Carris de Ferro que deu o nome a uma das estações de bonde a vapor que ia até Santo Amaro; outra versão: junção de Maria e Ana, esposa e mãe de Carlos Petit, um dos moradores mais importantes
Vila Formosa-nome antigo de Ilha Bela
Vila Císper-nome de antiga indústria de garrafas
Vila Buarque-do engenheiro Manuel Buarque
Vila dos Remédios-vem de Nossa Senhora dos Remédios
Vila Sônia-nome de uma filha dos proprietários
Vinte e Cinco de Março(rua)-data da primeira constituição do Brasil(1824)



Isto eu copiei do bloguer: (http://curiosidadesdesaopaulo.blogspot.com)
Para quem gosta do assunto vale uma visita por lá..


Eu apenas copiei a relação, não fiz qualquer pesquisa para atualizar ou corrigir o texto acima, apesar de bastante abrangente, há a ausência de bairros importantes. Acho que é possível completar a relação, conto com antigos moradores, pesquisadores, etc.
Silvio A. Neves

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DIFÍCIL ACREDITAR QUE ESTEJAMOS VIVOS !

Quando éramos pequenos, viajávamos de carro, sem cintos de segurança, sem ABS e sem air-bag!
Os vidros de remédio ou as garrafas de refrigerantes não tinham nenhum tipo de tampinha especial... Nem data de validade...
E tinham também aquelas bolinhas de gude... Que vinham embaladas sem instrução de uso.
A gente bebia água da chuva, da torneira e nem conhecia água engarrafada!
Que horror!
A gente andava de bicicleta sem usar nenhum tipo de proteção...
E passávamos nossas tardes construindo nossas pipas ou nossos carrinhos de rolimã..
A gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios até que não déssemos de cara com a calçada ou com uma árvore... E depois de muitos acidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema... SOZINHOS!
Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; nossos pais às vezes não sabiam exatamente onde estávamos, mas sabiam que não estávamos em perigo.
Não existiam os celulares! Incrível!
A gente procurava encrenca. Quantos machucados, ossos quebrados e dentes moles dos tombos! Ninguém denunciava ninguém... Eram só "acidentes" de moleques: na verdade nunca encontrávamos um culpado.
Você lembra destes incidentes? Janelas quebradas, jardins destruídos, as bolas que caíam no terreno do vizinho...
Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos...
E mesmo que nos machucássemos e, tantas vezes, chorássemos, passava rápido; na maioria das vezes, nem mesmo nossos pais vinham a descobrir...
A gente comia muito doce, pão com muita manteiga... Mas ninguém era obeso... No máximo, um gordinho saudável... Nem se falava em colesterol...
A gente dividia uma garrafa de suco, refrigerante ou até uma cerveja escondida, em três ou quatro moleques, e ninguém morreu por causa de vermes!
Não existia o Playstation, nem o Nintendo... Não tinha TV à cabo, nem videocassete, nem Computador, nem Internet...
Tínhamos, simplesmente, amigos!
A gente andava de bicicleta ou à pé. Íamos à casa dos amigos, tocávamos a campainha, entrávamos e conversávamos... Sozinhos, num mundo frio e cruel... Sem nenhum controle! Como sobrevivemos?
Inventávamos jogos...Com pedras, feijões ou cartas... Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos, sapos e outros animaizinhos, mesmo se nossos pais nos dissessem para não fazer isso! Os nossos estômagos nunca se encheram de bichos estranhos! No máximo, tomamos algum tipo de xarope contra vermes e outros monstros destruidores... Um tal de óleo de rícino!
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros, e tiveram que refazer a segunda série.. Que horror!
Não se mudavam as notas e ninguém passava de ano, mesmo não passando. As professoras eram insuportáveis! Não davam moleza... Os maiores problemas na escola eram: chegar atrasado, mastigar chicletes na classe ou mandar bilhetinhos falando mal da professora... Correr demais no recreio ou matar aula só pra ficar jogando bola no campinho...
As nossas iniciativas eram "nossas", mas as conseqüências também!
Ninguém se escondia atrás do outro...
Os nossos pais eram sempre do lado da Lei quando transgredíamos as regras!
Se nos comportávamos mal, nossos pais nos colocavam de castigo e incrivelmente nenhum deles foi preso por isso!
Sabíamos que quando os pais diziam "NÃO", era "NÃO".
A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas as vezes que ia ao supermercado...
Nossos pais nos davam presentes por amor, nunca por culpa...
Por incrível que pareça, nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamos tudo o que gostaríamos, que queríamos...
Esta geração produziu muitos inventores, artistas, amantes do risco e ótimos "solucionadores" de problemas...
Nos últimos 50 anos, houve uma desmedida explosão de inovações, tendências...
Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muita responsabilidade...
E não é que aprendemos a resolver tudo?... Sozinhos...
Se você é um destes sobreviventes....
PARABÉNS!!! VOCÊ CURTIU OS ANOS MAIS FELIZES DE SUA VIDA...
(autor desconhecido)

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3.1.07

PUBLICIDADE DE ANTIGAMENTE


Anúncio publicado na Revista "Status Bar" de Janeiro de 1978, citando a Revista Isto é, da mesma editora com a manchete: "O Herdeiro" alusiva ao General João Batista Figueiredo que de fato tomou posse na Presidência da República em 1979.

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ONDE TUDO COMEÇOU

Nasci no ano de 1946, meus pais vieram para o Brasil no decorrer da 2ª guerra mundial, já se conheciam em sua terra natal, vieram a se casar nestas terras, mais precisamente na Vila Formosa no ano de 1943.
Minha primeira morada foi na Rua Luis Góes, 1464, na Vila Mariana, de onde saí no final de 1953 com 7 anos de idade para a residência recém construída pelo meu pai na Rua das Camélias, depois de residir em outros locais, sempre na região da Vila Mariana, Aclimação. Após o falecimento de meus pais, hoje volto para aquela mesma casa da Rua das Camélias.
Deus me concedeu um dom que eu prezo muito: minha memória perfeita de fatos e ocorrências desde os meus quatro anos de idade, e pretendo com este espaço fazer um bom uso desta dádiva.
Sempre fui muito curioso e observador quanto aos fatos históricos e políticos que ocorreram à minha volta, mas o fato mais significativo é que assisti de perto o desenvolvimento da região da Vila Mariana, Mirandópolis, São Judas e bairros adjacentes, e até alguns outros bairros de São Paulo, lembrando-me perfeitamente das características das principais vias públicas, logradouros, meios de transporte, etc. de 1950 até os dias de hoje.
Pretendo discorrer aqui sobre vários acontecimentos que presenciei de perto, sem o compromisso de uma ordem cronológica, mas este espaço não ficará só nisto, publicarei fotos antigas da região e de outros bairros de São Paulo, sempre que possível fazendo a comparação com fotos atuais.
Convido a todos os moradores mais antigos destes bairros a colaborar também com fotos, textos, propagandas antigas, memórias, etc.
Quem tiver fotos antigas da região peço que me empreste, eu escaneio e devolvo imediatamente, entrem em contato comigo, sempre que possível posso até retirar em sua residência.
Se você se lembra com detalhes de algum acontecimento importante ocorrido nos bairros que citei acima, na data mais remota que seja, gostaria muito de conversar com você, entre em contato comigo.
Meus e-mails:
silvioaneves@terra.com.br e silvioaneves@gmail.com
Meu telefone celular: (11) 9370-1413

Um abraço e até breve

Silvio A. Neves

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